O que penso ser
Beneficência.
Após o jantar de
confraternização, aonde todos os obreiros da minha Loja se reuniram para dar as boas-vindas aos novos
Irmãos Iniciados, eu, ainda Aprendiz, fui chamado para uma conversa com nosso
VM. Ele falou que tinha um cargo que precisava que eu ocupasse, mas naquele
momento não falou qual seria, que na próxima sessão anunciaria em loja meu nome
e meu cargo. Esperei com muita expectativa, pois sabia que todos serão chamados
para o trabalho e este seria parte integrante do nosso aprendizado
Maçônico.
Na sessão seguinte me foi passado
que, apesar de minha pouca idade Maçônica, eu passaria a ocupar o cargo de
Hospitaleiro. Fiquei um pouco apreensivo, sabendo que teria muito trabalho para
fazer, tanto na parte administrativa do cargo quanto a parte que se refere ao
contato com os Irmãos que estivessem por ventura passando por alguma
dificuldade.
Ao chegar em casa da Loja, minha primeira atitude foi montar uma
planilha no exccel dos valores que constavam em caixa e para os próximos
movimentos. Esta foi fácil, a mais difícil seria compreender o significado do
trabalho do Hospitaleiro, porque estaria eu entrando numa área totalmente
pessoal e muitas vezes constrangedora para quem estava precisando deste
auxilio.
Na Maçonaria, é de conhecimento de todo Maçom quanto ao ato de
Beneficência, que é um ato caritativo em benefício de alguém necessitado por um
determinado momento. Este ato se dá início com a passagem do tronco de
Beneficência aonde são arrecadados óbolos para fins caritativos, em socorro dos
Maçons necessitados. Este ato litúrgico é obrigatório, e todo o Maçom tem o
dever de participar, pois dele parte o Sagrado Juramento e do compromisso de
nunca deixar um Irmão em necessidade.
O Maçom, praticando a Maçonaria fora
dos seus Templos, exerce um sem-número de benesses, que eleva os pontos mais
sensíveis do Amor ao próximo, preparando a si mesmo para ser um cidadão
exemplar, preocupando-se com o infortúnio alheio. A Beneficência, pode ser
exercida de diversas formas: Em dinheiro(Tronco), com uma visita a quem esteja
necessitado de um conforto, uma palavra ou até mesmo com um simples telefonema
dizendo: ei você, nós estamos aqui, somos Irmãos.
Agradeço ao VM da Loja aonde fui
Inicaido por ter me confiado tão nobre missão. Estendo este agradecimento
também a todos os obreiros, que me ajudaram e principalmente me ensinaram a conhecer
a parte esotérica deste cargo. Aprendi
que a beneficência Maçônica não se traduz por atos de vaidades, próprios dos
que dão com orgulho, humilhando quem recebe, mas procedendo sem alarde, mas com
firmeza, dando com a direita sem que a esquerda perceba, este é o verdadeiro
princípio Maçônico que a séculos vem fazendo desta Instituição uma das mais
séria voltada para as obras de Beneficência. A Caridade, em si, é uma permuta,
pois quem doa receberá, em dobro. Mas devemos fazer com Amor no coração e com
prudência, sabendo que ela se constitui numa das Virtudes Teologais do todo o
Maçom.
Deixo um pensamento:
A Caridade é como o astro maior, o Sol; Ela
nos ensina a praticar o bem, não em um círculo restrito de amigos ou
afeiçoados, mas a todos aqueles que necessitam a até aonde nossa CARIDADE possa
alcançar. Lembrando sempre que somos parte integrante da Roda da Vida, e ela
está em constante movimento. Numa hora, estaremos em cima, noutra, poderemos estar
em baixo.
Eu Sou,
José Fernando dos Reis
– M.·.M.·. / M.R.A.
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